A produção de suínos ao ar livre, designada pelos Anglo-saxónicos “camping system”, apresenta vantagens, comparativamente ao sistema de produção em confinamento. O investimento em construções e equipamentos é reduzido, sendo necessárias cabanas individuais, de parição/lactação, e colectivas, para os restantes animais, bem como uma zona de sombra, para fazer face aos rigores da época estival. A rusticidade das raças utilizadas permite prever taxas de mortalidade aceitáveis. A utilização de factores de produção (mão de obra e energia) é reduzida; não há qualquer tipo de aquecimento durante a fase de cria dos leitões, os animais são alimentados uma vez por dia e as matérias primas utilizadas na alimentação podem ser mais baratas.

 O animal adulto ocupa uma área assinalável (superior 750 m2), o que permite a redução do impacto negativo a nível ambiental (ausência de efluentes concentrados e de cheiros). Contudo, quando as condições do solo favorecem a infiltração (solos arenosos e com elevada permeabilidade, torna-se necessário despistar qualquer contaminação ambiental provocada pelos dejectos dos suínos, devido à sua natureza.

No sistema de produção ao ar livre os suínos podem ocupar solos com declive inadequado às actividades agrícolas, pedregosos e de estrutura delgada, que constituem a maioria na zona de implementação da exploração. Esta característica pode favorecer a fixação de populações nas zonas desfavorecidas, possibilitando aos produtores um valor acrescentado pela utilização de zonas geográficas marginais, dificilmente valorizadas com outra actividade agro-pecuária.